Secretário de finanças e outros dois servidores são presos por desvio de R$ 4 milhões da prefeitura de Bonito
Edilberto Cruz Gonçalves, secretário de Finanças de Bonito (MS). Reprodução Três servidores da prefeitura de Bonito (MS), foram presos na operação Água...

Edilberto Cruz Gonçalves, secretário de Finanças de Bonito (MS). Reprodução Três servidores da prefeitura de Bonito (MS), foram presos na operação Águas Turvas, que apura desvio de R$4,3 milhões a partir de fraudes em licitações. A investigação é do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, que cumrpiu quatro mandandos de prisão preventiva. O g1 apurou que os presos são: Edilberto Cruz Gonçalves, secretário de Finanças de Bonito Carlos Henrique Sanches Corrêa, arquiteto e fiscal de obras públicas da cidade Luciane Cíntia Pazette, gerente do setor de licitação Genilton da Silva Moreira, empresário. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Em nota, a prefeitura de Bonito disse que está à disposição das autoridades responsáveis para contribuir com a investigação, mas não se posicionou sobre as prisões dos servidores (leia a íntegra mais abaixo). O g1 não localizou as defesas de Edilberto Cruz, Carlos Henrique Sanches e Luciane Cíntia Pazette até a última atualização desta reportagem. O esquema A operação do MPMS cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Bonito, Terenos (MS) e Curitiba (PR), na terça-feira (7). Além de fraudes em licitações, as investigações apuram os crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. A apuração identificou a existência de um grupo criminoso atuando de forma sistemática na fraude de licitações de obras e serviços de engenharia no município de Bonito desde 2021. De acordo com o MPMS, as licitações eram manipuladas com simulações de concorrência e exigências específicas criadas para direcionar os contratos às empresas ligadas ao grupo investigado. Agentes públicos, em parceria com empresários, teriam fornecido informações privilegiadas e organizado os procedimentos fraudulentos, recebendo, em troca, vantagens indevidas. O valor dos contratos suspeitos já identificados soma R$ 4.397.966,86. O nome da operação, "Águas Turvas", faz referência à perda de transparência, em contraste com a imagem do município de Bonito, conhecido por suas águas cristalinas e paisagens naturais, que estariam sendo comprometidas pelas ações investigadas. O que diz a prefeitura de Bonito A Prefeitura de Bonito vem a público esclarecer que, em relação à Operação Águas Turvas, realizada nesta terça-feira (07), foram adotadas todas as medidas necessárias para garantir pleno acesso aos objetos do mandado de busca, em total colaboração com as autoridades competentes. Reforçamos que a administração municipal sempre pautou suas ações pela legalidade, ética e transparência junto à população. A Prefeitura permanece à disposição das autoridades responsáveis para fornecer todas as informações e documentos necessários ao devido andamento das investigações. Trecho do Rio da Prata seca e peixes são resgatados Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: