Família vai à Justiça pedir transferência de homem internado em MS
Carlos José está internado desde 12 de junho em Aparecida do Taboado. Arquivo pessoal A internação de Carlos José Amaro da Silveira, de 47 anos, desde o di...

Carlos José está internado desde 12 de junho em Aparecida do Taboado. Arquivo pessoal A internação de Carlos José Amaro da Silveira, de 47 anos, desde o dia 12 de junho, tem angustiado a família do homem que aguarda transferência para hospital em Três Lagoas. Ele está internado em Aparecida do Taboado com diagnóstico de “sequelas de traumatismo intracraniano”, conforme consta em prontuário que o g1 teve acesso. O caso tramita na Justiça e, segundo documento, a internação do paciente foi negada ao menos duas vezes pelo Hospital Regional de Três Lagoas. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp “Negaram a transferência para um hospital de alta complexidade em um momento que deveria ter feito. Ele chegou lá com sintomas, foi tratado, tentaram fazer a transferência, não conseguiram. A médica também tentou ver se conseguia neurologista só que não deu certo”, relatou a irmã de Carlos, Ana Caroline Santos. A família constatou que o estado de saúde do homem é crítico e que ele enfrenta desnutrição e desidratação. O g1 procurou a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a Fundação Estatal de Saúde de Aparecida do Taboado (FESAT), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Entenda o caso Conforme documento do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), Carlos José sofreu um acidente de moto no dia 16 de maio e foi encaminhado à Fundação Estatal de Saúde de Aparecida do Taboado (FESAT), onde passou por exames e foi liberado. Quase um mês depois, em 12 de junho, ele precisou novamente de atendimento médico após apresentar cansaço excessivo, segundo o documento. Em novo exame tomográfico, foi constatada a presença de um edema no cérebro. Em 13 de junho, houve pedido de transferência de Carlos para o HR em Três Lagoas que, segundo consta no TJMS, negou a internação e alegou que o paciente já estava com “lesão neurológica instalada e não havia mais o que fazer, além dos cuidados paliativos”. O tribunal também enfatiza que, na mesma data, Carlos precisou ser intubado porque não conseguia se alimentar sozinho, se comunicar ou se mover. A justiça chegou a determinar, em 27 de junho, que o homem fosse novamente transferido ao Hospital Regional de Três Lagoas. O hospital de Aparecida do Taboado informou ao TJ, em 4 de julho, que a transferência havia sido feita, segundo consta no processo que tramita na justiça. Contudo, consta na documentação que dois dias antes, em 4 de julho, Carlos José foi encaminhado para Três Lagoas onde passou por avaliação neurológica. No prontuário, o HR alegou que “o paciente encontra-se clinicamente estável e apto para retorno à unidade de origem [hospital de Aparecida do Taboado]”, não aceitando a transferência. Conforme consta no TJ, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) pediu, em 14 de julho, ao hospital de Aparecida do Taboado que comprovasse a transferência para o outro município. A irmã de Carlos, Ana Caroline, confirmou ao g1 que ele ainda está internado em Aparecida do Taboado. Veja videos de Mato Grosso do Sul: